(Foto: Mauro Ângelo)
Diário do Pará on line
Famílias ocupam prédio na Presidente Vargas
Domingo, 06/05/2012, 13:17:01 - Atualizado em 07/05/2012, 14:45:42
Cerca de 100 pessoas, incluindo
idosos e crianças, ocuparam, na madrugada deste domingo (6), o antigo
prédio do INSS, na avenida Presidente Vargas, centro de Belém. A
ocupação, batizada de "Sá Pereira" e organizada pelo Movimento de Luta
nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), aconteceu de forma pacífica.
Segundo a coordenadora do MLB, Fernanda
Lopes, a ocupação foi uma maneira encontrada para resolver o problema de
moradia que essas pessoas estão enfrentando. "Muitos moram de favor na
casa de familiares, de amigos, outras moram em casas alugadas e estão
necessitando de uma moradia. Queremos ter acesso a algum programa de
moradia popular para essas pessoas", disse.
Na manhã de deste domingo, pessoas
ligadas aos Direitos Humanos passaram pelo local. A Polícia Militar
também esteve no local, mas, segundo o sargento Reis, da 6ª Zona de
Policiamento (ZPol), não houve necessidade de permanecerem no prédio, já
que não havia nenhuma tensão no local.
De acordo com a MLB, o atual uso do prédio por moradores de rua é um risco à saúde de quem passa pelo local.
"O abandono desse espaço público em uma
das vias principais do centro da cidade, que por anos tem servido de
abrigo a usuários de drogas ou de abrigo noturno aos moradores de rua e
até mesmo para satisfazerem suas necessidades fisiológicas, estando
assim, em condições bastante insalubres, representa um grave risco à
saúde pública da população que regularmente utiliza o passeio público
nos arredores do prédio", explica uma nota enviada pelo movimento.
Por conta disso, os ocupantes realizaram uma lavagem no prédio.
A coordenadora do Movimento afirmou que
todas as pessoas estão dispostas a conversar com os órgãos competentes
no intuito de resolverem o problema da moradia. (DOL)
Famílias prometem ato na Presidente Vargas
Segunda-Feira, 07/05/2012, 10:19:50 - Atualizado em 07/05/2012, 10:31:48
As famílias que ocuparam um
prédio em situação de abandono, na avenida Presidente Vargas, na
madrugada de ontem (6), prometem voltar ao local nesta segunda-feira (7)
para realizar um protesto, cobrando das autoridades o direito de
moradia, segundo informações de representantes do Movimento de Luta nos
Bairros, Vilas e Favelas (MLB).
O prédio onde chegou a funcionar o
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) fica na esquina com a rua Ó
de Almeida. No domingo (6), as cerca de 100 famílias ocuparam o local e
colocaram faixas nas sacadas para chamar a atenção e reafirmar a posição
das lideranças: “enquanto morar for um privilégio, ocupar é um
direito”, estampava uma das faixas.
Uma equipe de policiais militares esteve
no prédio no final da manhã de ontem, mas não pôde retirá-los, já que o
responsável legal pelo prédio ainda não havia se manifestado. Porém,
por volta das 19h, o Comando Tático da Guarda Municipal de Belém,
alegando que o prédio pertenceria à Prefeitura de Belém, iniciou a
desocupação do imóvel, que foi considerada arbitrária pelas famílias.
Na manhã de hoje, uma equipe da prefeitura vedou as entradas e acessos ao interior do prédio para impedir uma nova ocupação.
As famílias e MLB alegam que o
movimento é pacifico e defendem a ocupação do lugar, que estaria
completamente abandonado e sendo utilizado para consumo de drogas ou
como banheiro para moradores de rua. As pessoas que pretendem ocupar o
prédio habitavam bairros diferentes de Belém e sem condições para pagar
aluguel procuraram o Movimento de Luta nos Bairros almejando de
conseguirem moradia. (DOL, com informações do Diário do Pará)
Prefeitura recebe moradores que ocuparam prédio
Segunda-Feira, 07/05/2012, 14:41:34 - Atualizado em 07/05/2012, 14:51:23
Representantes do Movimento de
Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB) foram recebidos no final da
manhã desta segunda-feira (7), pelo chefe de gabinete da Prefeitura de
Belém, Oséas Silva Júnior, para dialogar sobre a ação de desocupação do
prédio que pertencia ao Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS),
localizado na avenida Presidente Vargas.
Na noite de ontem (6), cerca de 60
homens dos grupamentos especiais e da Divisão Operacional da Guarda
Municipal de Belém realizarama desocupação do imóvel. O prédio foi ocupado por 100 pessoas na madrugada do mesmo dia.
O prédio ocupado foi repassado à
Prefeitura de Belém em janeiro deste ano, e atualmente está sob a tutela
da Secretaria de Assuntos Jurídicos (Semaj).
No encontro com Oséas Junior, o MLB
deixou claro que a intenção era chamar atenção do Governo Federal para o
déficit habitacional, por isso escolheu o prédio que pertencia ao INSS,
sem saber que o mesmo já havia sido repassado para o município.
De acordo com Oséas Júnior, o secretário
de Habitação, Osvaldo Gonzaga, vai receber uma comitiva de moradores a
partir das 15h para intermediar o diálogo com o Governo Federal.
Leia também: Famílias prometem ato na Presidente Vargas
G1 Pará
Guarda Municipal de Belém desocupa prédio invadido em avenida
Invasores cavaram um buraco para ter acesso ao prédio.
Edifícil era antiga sede do INSS e estava abandonado há cerca de 15 anos.
A Guarda Municipal de Belém
(GMB) desocupou um prédio da prefeitura que foi invadido por cerca de
100 pessoas neste domingo (06) em uma avenida no centro de Belém.O prédio abandonado fica na Av. Presidente Vargas, esquina com a Rua Ó de Almeida, no bairro do comércio. Os invasores cavaram um buraco para ter acesso ao térreo do prédio.
De lá foram retirados objetos pessoais, desde colchões a outros pertences que foram amontoados nas calçadas pelos próprios ocupantes.
O edifício era o antigo prédio do INSS e estava abandonado há mais ou menos 15 anos. Segundo o Sub-Inspetor da Guarda municipal de Belém, Adailton Tavares, atualmente o local pertence ao município de Belém. “A guarda veio negociar e retirá-los. Acabamos descobrindo que as pessoas eram de Val-de-Cães e que a maioria possuía residência, sendo assim, os invasores serão deslocados para suas moradias”, concluiu.
Os invasores chegaram a passar a noite de sábado no edifício. Segundo testemunhas a Guarda Municipal precisou usar bombas de efeito moral e gás de pimenta para fazer a desocupação. Em consequência, algumas pessoas passaram mal e uma equipe do 192 foi deslocada para atendê-las.
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